TITULO ORIGINAL : GOLDFINGER
ANO : 1964
Goldfinger é um filme britânico de 1964 de acção e espionagem, o terceiro da série 007 com Sean Connery no papel do agente secreto James Bond. Produzido por Albert R. Broccoli e Harry Saltzman e realizado por Guy Hamilton, Goldfinger é baseado no livro homónimo de Ian Fleming que morreu uns meses antes da estreia deste filme.
Comercializado em Portugal e no Brasil com o título 007 contra Goldfinger, o filme é sobre um comerciante de ouro chamado Auric Goldfinger que tem um plano para assaltar Fort Knox, a reserva federal de ouro dos Estados Unidos. Bond é enviado por M para boicotar o seu plano e evitar a queda do Ocidente dado que os EUA sem ouro seria um desastre económico.
Goldfinger é o primeiro filme 007 em que um cantor canta durante a sequência inicial. Neste caso, Shirley Bassey cantou o tema "Goldfinger" composto por John Barry.
Resumo
James Bond destrói um fábrica mexicana de drogas, e em seguida vai para Miami, nos Estados Unidos. Felix Leiter encontra-o e entrega uma mensagem de M para ficar de olho em Auric Goldfinger, um joalheiro britânico hospedado em seu hotel. Goldfinger está a jogar gin rummy com um cliente do hotel e Bond repara que algo está errado. Caminha até ao quarto de Goldfinger e vê que uma parceira, Jill Masterson, está olhando as cartas do adversário por um monocular e informando Goldfinger através de um rádio. Bond mete-se com ela e transmite a Goldfinger que está sob vigilância da polícia da Miami. O joalheiro perde e o seu adversário vence. Bond e Masterson fazem amor na suite do agente secreto. Ao buscar uma outra garrafa de champanhe, Bond é nocauteado pelo capanga coreano Oddjob, que em seguida mata Masterson através de "sufoco cutâneo" causado por tinta de ouro.
Em Londres, M revela a Bond a verdadeira missão: boicotar o plano de Goldfinger. Para conhecer socialmente o joalheiro, Bond joga uma partida de golf com Goldfinger, e esconde um localizador na mala de seu carro de Goldfinger. Em seguida, persegue-o até à Suíça onde é atacado sem intenção por Tilly Masterson, a irmã de Jill que quer vingar a irmã matando Goldfinger.
Bond entra na fábrica de Goldfinger e ouve rumores acerca da operação "Grand Slam". Ao sair, volta a encontrar-se com Tilly, que activa o alarme sem querer. Ambos tentam fugir mas Tilly é morta por Oddjob ao lançar o seu maléfico chapéu com uma lâmina. Bond é apanhado e posto em cima de uma mesa de cortar ouro e tem apontado a si um laser. Para ter sua vida poupada, Bond blefa dizendo a Goldfinger que há mais pessoas que sabem acerca da operação "Grand Slam", nomeadamente o 008.
O agente é levado no avião de Auric que é pilotado por Pussy Galore até a quinta privada de Goldfinger no Kentucky. Bond escapa sua cela, onde ouve uma reunião de mafiosos onde Goldfinger explica seu plano de invadir Fort Knox, o depositório de ouro dos Estados Unidos, antes de ser capturado por Galore.
A operação "Grand Slam" começa e Pussy lança gás nervoso sobre as tropas que guardavam Fort Knox. Goldfinger entra em Fort Knox, e posiciona sua bomba no cofre, com Bond algemado à mesma. Porém, é revelado que as tropas apenas se passavam por mortos: Pussy havia contactado a CIA, e a pedido deles substituiu o gás por mero ar comprimido. As tropas cercam Fort Knox, mas Goldfinger se disfarça de Coronel para escapar. Bond solta-se e mata Oddjob, antes de um técnico desactiva a bomba quando o ilustrador parou em "0:07".
Fort Knox está a salvo, e Bond entra num Lockheed JetStar com destino a Washington D.C. para ver o presidente dos EUA. Porém, Goldfinger surge revelando ter tomado o avião, e tenta matar Bond. Um tiro de Goldfinger acerta numa janela, causando uma descompressão explosiva que suga Goldfinger para fora. Bond entra na cabine para pegar Pussy, que estava a pilotar, e os dois saltam de paraquedas do avião em queda.
Produção
Para muitos fãs de 007, Goldfinger é o filme que reúne tudo: acção, luxo, poder e um dos maiores inimigos da série. O livro original de Ian Fleming é publicado em 1959, três anos antes da estreia do filme Dr. No e mais tarde de From Russia With Love.
O orçamento do filme rondou os 3 milhões de dólares. Em vez de Terence Young que estava indisponível, os produtores contratam Guy Hamilton para a realização do filme. O escritor dos dois filmes anteriores, Richard Maibaum, escreveu o roteiro, com a colaboração de Paul Dehn, que criou também a sequência inicial completamente fora do contexto do filme: uma explosão de uma fábrica causada por Bond numa missão. Esta sequência deu a Bond uma maior versatilidade com um pato em cima da cabeça e um equipamento de mergulho que se transforma num sofisticado fato. A luta entre Bond e um mexicano acabou mal para o figurino pois quando Sean Connery lança o aquecedor para a banheira, o figurino Alf Joint fica com queimaduras.
As filmagens começam em 20 de Janeiro de 1964 em Miami Beach, Florida, no Fontainebleau Hotel; apenas os atores Cec Linder (Felix Leiter) e Austin Willis (que jogou cartas com Goldfinger) estavam na locação. O resto das cenas do hotel foram feitas em uma reprodução da piscina em Pinewood Studios, em Londres. Outros sets em Pinewood incluíam a fazenda de Goldfinger, a vila mexicana da introdução, e Fort Knox. Durante as filmagens em Pinewood, o criador de Bond, Ian Fleming visitou o set. Ele morreu pouco antes da estreia, em 12 de Agosto de 1964. Após o final da filmagem inglesa, a produção se moveu para a Suíça, onde a filmagem se encerrou em 11 de Julho.
O desenhista de produção Ken Adam e o supervisor de efeitos especiais John Stears criaram o carro de Bond que viria a ser alvo de muitas atenções: o Aston Martin DB5 com modificações tais como um radar, matrículas rotativas (a ideia partiu de Guy Hamilton que estava irritado com as multas em Londres), banco ejectável, e lançador de óleo. O protótipo usado e autorizado pela empresa foi o DP216-1 e tonou-se numa lenda. Na cena em que Q explica a Bond o funcionamento do banco ejectável, é proferido o famoso diálogo:
Bond: Lançado ao ar? Deve estar a gozar!
Q: Eu nunca brinco com o meu trabalho, 007.
Principais prêmios e indicações[3]
- Venceu na categoria de melhor edição de som. (best effects, sound effects).
BAFTA 1965 (Reino Unido)
- Indicado na categoria de melhor direção de arte britânica (filme colorido).
Grammy 1965 (EUA)
- Indicado na categoria de melhor trilha sonora original escrita para cinema ou televisão.
Edgar 1965 (Edgar Allan Poe Awards, EUA)
- Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.
Banda sonora
John Barry, que havia orquestrado o tema de James Bond em Dr. No e composto a trilha de From Russia with Love, volta para a música.
A primeira novidade em termos musicais é a intdrodução de cantores populares durante os créditos de abertura, com Shirley Bassey cantando a canção-tema "Goldfinger" (composta por Barry e os letristas Anthony Newley e Leslie Bricusse). A canção e o álbum da trilha sonora rapidamente tornam-se um êxito mundial.
Locais de filmagem
Reino Unido Estúdios Pinewood, Black Park, e Stoke Park, Buckinghamshire; aeroportos RAF Northolt e Southend, Londres
Estados Unidos, em Miami, Flórida e as imediações de Fort Knox, Kentucky
Suíça, cantão de Genebra
- ↑ Toda a secção Produção foi baseada no documentário Inside Goldfinger do DVD 007-Contra Goldfinger Edição Especial 2000 de registo número 194/2000 da Inspecção-Geral das Actividades Culturais - Portugal.
- ↑ Faixas de comentário de Goldfinger (007 Contra Goldfinger - Ultimate Edition, Disco 1):
*Guy Hamilton, Graham Rye, Sean Connery, Desmond Llewelyn, Lois Maxwell, Michael Mellinger, e Honor Blackman
*John Cork, Alf Joint, George Leech, Cliff Culley, Peter Lamont, John Barry, Ken Adam, Joe Fitt e Bert Luxford. Elenco
Referências
![]() 1964 • Cor (Technicolor) • 112 min |
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Produção | |||||||
Direção | Guy Hamilton | ||||||
Produção | Albert R. Broccoli Harry Saltzman |
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Roteiro | Richard Maibaum Paul Dehn |
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Elenco original | Sean Connery Gert Fröbe Honor Blackman Shirley Eaton Bernard Lee Lois Maxwell Desmond Llewelyn |
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Género | Acção - espionagem | ||||||
Idioma original | Inglês | ||||||
Música | John Barry | ||||||
Diretor de arte | Ken Adam | ||||||
Diretor de fotografia | Ted Moore | ||||||
Edição | Peter R. Hunt | ||||||
Distribuição | United Artists | ||||||
Cronologia | |||||||
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